Manoel de Barros fez sua casa Com a porta virada contra a nascente. Sabe ele que dos aguaceiros, No seu tempo de postar os ovos É ele quem deita, amorna e amola o bico Pra fazer o corte inciso Precisamente no lugar do ovo Onde o filhote corta o umbigo. Manoel é primo irmão de João, O passarinho que mora numa casa de conjunto popular. Que tem uma entrada, que também é uma saída, Uma sala e um quarto Onde dormem amontoados, De amores montados, ele e Joana, De oveiro cheio, barriga vasta. Quando dos ventos trazidos Pelo impulso deles próprios, voadores, Vem a chuva, e às vezes entra No fundo, que vira frente, Que se descontrola e vira enchente. Manoel do seu tonel de águas guardadas, Apanha pelo ano todo intervalos de chuvas, E se machuca quando o sol incide Sobre a sua pele branca do pastoreio E que não serve para secar a umidade Em que se acomodam seus parentes Pai e mãe, e filhos pelados, todos gripados.
Tá sim... A felicidade tá no simples. Ter olhos para o simples, nisto reside o enigma para o sorriso alma à dentro. Conhece alguém que não coma carne vermelha e goste de churrasco? Eu. :) Como tudin, tudin, menos a carne vermelha; mas, o que mais gosto é este tempero: amigos, risos, bobagens ditas embaladas pela cumplicidade conquistada. Beijos, Sayô.
3 comentários:
MANOEL DE BARROS
Manoel de Barros fez sua casa
Com a porta virada contra a nascente.
Sabe ele que dos aguaceiros,
No seu tempo de postar os ovos
É ele quem deita, amorna e amola o bico
Pra fazer o corte inciso
Precisamente no lugar do ovo
Onde o filhote corta o umbigo.
Manoel é primo irmão de João,
O passarinho que mora numa casa de conjunto popular.
Que tem uma entrada, que também é uma saída,
Uma sala e um quarto
Onde dormem amontoados,
De amores montados, ele e Joana,
De oveiro cheio, barriga vasta.
Quando dos ventos trazidos
Pelo impulso deles próprios, voadores,
Vem a chuva, e às vezes entra
No fundo, que vira frente,
Que se descontrola e vira enchente.
Manoel do seu tonel de águas guardadas,
Apanha pelo ano todo intervalos de chuvas,
E se machuca quando o sol incide
Sobre a sua pele branca do pastoreio
E que não serve para secar a umidade
Em que se acomodam seus parentes
Pai e mãe, e filhos pelados, todos gripados.
Um beijo
Naeno
só nisso...
beijos
Tá sim... A felicidade tá no simples. Ter olhos para o simples, nisto reside o enigma para o sorriso alma à dentro.
Conhece alguém que não coma carne vermelha e goste de churrasco? Eu. :) Como tudin, tudin, menos a carne vermelha; mas, o que mais gosto é este tempero: amigos, risos, bobagens ditas embaladas pela cumplicidade conquistada.
Beijos, Sayô.
Postar um comentário